Pránayama

Enchendo o peito de vida

Pranayama, como sabem todos aqueles já vivenciaram a técnica, está longe de ser um mero exercício respiratório. Essa técnica milenar, assim como qualquer uma das ferramentas oferecidas pelo yoga, visa alcançar estados muito mais profundos de consciência.
Mas no caminho percorrido pelo sádhaka (praticante) ele encontra um novo mundo de sensações, despertando para perceber a dimensão sutil de seu corpo energético.

No yoga é dado o nome de prána à bioenegia que assimilamos em nossos processos orgânicos. Ao respirar o prána penetra pelas narinas passando por todo o nosso aparato respiratório até chegar aos alvéolos pulmonares, onde é absorvido para ser distribuído por todo o nosso corpo pelo sistema circulatório pránico.
O pránáyáma vai deixar o praticante consciente dos processos envolvidos na sua respiração. Desde conhecer sua própria anatomia e fisiologia até sua relação com seu corpo físico, emocional e psicológico.

Todos os nossos corpos estão conectados. Um exemplo simples é você se perceber em um momento de adrenalina, como uma briga ou notícia inesperada. A informação entra pelo nosso veículo mental, desencadeia um estado emocional e imediatamente ficamos com a respiração curta, acelerada, e nosso corpo físico reage com mudanças fisiológicas, como aumento de sudorese, contração muscular e um estado de alerta dos sentidos. Dessa maneira a manipulação da respiração pode desencadear uma série de transformações físicas, emocionais e psicológicas.
Essa noção de controle através do pránáyáma nos permite manipular nossos estados quando sentidos necessidade.

Além disso, o treinamento regrado dessa técnica amplia demais nossa capacidade respiratória (captação, distribuição e acúmulo de bioenergia), trazendo aumento notável de vitalidade, dinamismo e bem estar. A vivência da técnica em sí desperta o prazer de respirar. Cada prática é reveladora e quando nos damos conta, depois de algumas aulas, estamos praticando vendo tv, andando de ônibus, tomando banho...

Respirar se torna para sempre uma prática de yoga, mais um passo para o autoconhecimento: um pranayama!

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